Guarda de Campo Grande vai reforçar combate à violência nos bairros e nas escolas
domingo, 18 de agosto de 20132comentários
Guardas municipais vão ampliar raio de atuação na Capital (Foto: GM Fernandes)
De olho em diminuir a criminalidade, a Guarda Municipal de Campo Grande
será descentralizada para fazer ronda nos bairros e nas escolas e
reforçar as ações de combate à violência na cidade. A equipe será
dividida em sete bases e, até o final deste mês, deverá estar nas ruas.
Em janeiro, a Guarda também ganhará o reforço de 22 câmeras móveis de
videomonitoramento.
Segundo o comandante da equipe, coronel Jonys Cabrera Lopes, a
localização de cinco bases já está definida. O Parque Ayrton Senna irá
abrigar a base do Anhanduizinho para fazer a segurança de 12 bairros,
como Aero Rancho, Alves Pereira, Jacy, Lajeado e Los Angeles.
A base do Segredo ficará no Parque Tarsila do Amaral e será responsável
por percorrer seis bairros, entre eles, Coronel Antonino, Monte Castelo,
Nova Lima e Seminário. O Parque do Sóter será o endereço da base do
Prosa e cobrirá 11 bairros, como Mata do Jacinto, Carandá, Santa Fé e
Autonomista.
O Parque Jacques da Luz irá receber a base do Bandeira para fazer ronda
na Moreninha e em mais 11 bairros. O antigo endereço do comando da
Guarda Municipal, a antiga rodoviária, abrigará o agrupamento do Centro
para ajudar no combate à criminalidade de 13 bairros, como Monte Libano,
São Bento, Planalto, São Francisco, Bela Vista e Vila Carvalho.
As bases do Imbirussu e do Lagoa ainda não têm endereço definido.
Segundo Lopes, a decisão sairá até o final do ano. Juntas, as bases
cobrirão 21 bairros. Indubrasil, Panamá, Nova Campo Grande, Santo Amaro e
Santo Antônio, por exemplo, serão responsabilidade da base do
Imbirussu. Já a equipe do Lagoa ficará de olho nos bairros Batistão,
Caiçara, Caiobá, Taveirópolis, Leblon e outros cinco.
Em cada agrupamento, de acordo com o comandante, serão disponibilizadas
duas motocicletas, uma viatura e oito guardas. “Hoje os 1.324
profissionais estão distribuídos em 350 postos de trabalho, como
escolas, parques, praças e demais prédios públicos, com as bases, vamos
nos aproximar das pessoas”, destacou Lopes.
Nos agrupamentos, os guardas vão fazer rondas nos bairros e nas escolas.
“Umas das maiores reclamações da população é o tráfico de drogas nas
redondezas dos colégios”, comentou o comandante.
Outro projeto a ser implementado é a Brigada de Incêndio Municipal.
“Através de uma parceria com o Ibama e o Corpo de Bombeiros um
treinamento será realizado para habilitar os guardas e realizar o
primeiro combate”, informou Lopes.
Videomonitoramento - A partir de janeiro, também está prevista a chegada
de uma base móvel de videomonitoramento. “O Ministério da Justiça
sinalizou com a liberação do recurso, basta habilitar 40 guardas para
dar o suporte”, contou o comandante.
Segundo ele, o sistema contará com 22 câmeras móveis, com visão num raio
de três quilômetros, dois carros, duas motos e um microônibus.
Inicialmente, a previsão é instalar o equipamento em postes na região do
Guanandizão. “Quando o índice de criminalidade da região diminuir,
vamos para outro lugar”, disse Lopes.
O comandante informou ainda que a Guarda receberá, em 40 dias, 14
viaturas. “A Fiat venceu a licitação para disponibilizar veículos Gran
Siena”, revelou. “O empenho para adquirir as 14 motocicletas já foi
assinado”, completou.
No entanto, apesar de ampliar a atuação em Campo Grande e reforçar as
ações de combate aos crimes, os guardas municipais não vão andar
armados. Projeto de lei prevê o armamento da tropa, mas é polêmico.
Segundo o comandante, a proposta foi aprovada, mas depende de
regulamentação. "Precisamos habilitar os guardas", frisou.
Lei nacional permite que cidades com mais de 500 mil habitantes tenham
guardas municipais armados. Atualmente, na Capital, os guardas já
combatem as ações de vandalismo, como prender os pichadores que sujam
prédios e espaços particulares e públicos.
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